O Flughafen Frankfurt am Main (o aeroporto de Frankfurt) é operado pela empresa Fraport. No começo achei que fosse esse o nome dele, ou que fosse um apelido carinhoso, pois está escrito em todo lugar! A Lufthansa tem sua base por lá, e não é por acaso que tudo é amarelinho. Bem, o lugar é enorme, não é à toa que possui o título de ser o terceiro aeroporto mais movimentado da Europa. No desembarque havia comissários brasileiros orientando os passageiros em português (ufaaa!), mas foi um longo caminho, cheio de japoneses e alemães, até chegar ao balcão da Lufthansa para o novo check in. Nesse meio tempo, lógico, já conheci outra menina, brasileira, que tornou o deslocamento menos solitário e mais confiante de que estava no caminho certo!
Longas e inúmeras esteiras no aeroporto de FRA e ainda assim muito tempo de deslocamento! |
Agora com os tickets amarelinhos em mãos, segui para o Passkontrolle, para oficializar minha imigração no Velho Mundo. O alemão simplesmente me perguntou o que eu queria fazer na Holanda, se eu tinha uma invitation letter, olhou, carimbou o passaporte e pronto! Passamos pelo detector de metais, tudo bem tranqüilo. Após algumas fotos das oprimentes cabines para fumantes (e como fuma essa gente!) segui caminhada, agora sozinha. Foram uns 20 min (e isso que tem esteiras!) até chegar ao portão A2.
Gastei meus primeiros 2.50 euros na Europa num coffee-to-go que pedi falando um inglês nervoso, querendo falar alemão, mesmo sabendo que ich spreche kein Deutsch! Procurei, em vão, uma tomada para ligar o computador (sério, no Flughafen o problema não é que todo mundo tá usando, simplesmente não tem mesmo nenhuma tomada!) e sentei numa mesa a degustar o kaffee... Resolvi trocar de lugar para ficar mais perto do portão, e logo veio um bondoso italiano me trazendo o casaco que eu havia esquecido na mesa... por que não me surpreendo, Van? Hehe
Cervejinha nacional pra variar né! |
Dentro do avião sentaram ao meu lado dois típicos holandeses, grandões, falando alto, com a cara vermelha e fedendo a cerveja (sabe aquele cheirão de acetona que fica exalando da pele depois de uma cervejada? Então...). E eu na janela, mas bem feliz, tirando foto e admirando o lindo dia de sol! A comissária ofereceu uma bebida e eu, apesar da acetona dos homens ao meu lado, aceitei uma cervejinha local. A Warsteiner tem outro gosto tomando em ares alemães!
Os comissários de bordo da Lufthansa somente falam em alemão e holandês, e de vez em quando se identifica um inglês com sotaque muito carregado de alemão! Quando me dei conta de que estou correndo risco de isso ser uma constante, de não entender nada do que será falado a partir de agora, de que estava chegando ao país que fala uma língua diferente e que vou ficar um ano inteiro, começou a aumentar o geladinho na barriga...
Quando observei lá embaixo os campos quadriculados, muito bem desenhados, e cheios de aerogeradores (pra mim na hora foi como se estivesse enxergando moinhos!), logo percebi que a viagem estava chegando ao final! Na hora lembrei da Grazy, amiga da Maia, que contou: “quando eu vi os moinhos, logo falei: estamos na Holanda!”. Tá bom, não eram aqueles moinhos clássicos... eram aerogeradores... mas era a Holanda!
O Schiphol também é enorme, o quinto maior da Europa. Foi muita caminhada, mesmo nas esteiras de deslocamento, até chegar ao baggage claim. Lá são 3 enormes esteiras de recepção para aguardar ansiosamente por sua bagagem, e uma quarta esteira é especial para Odd Size Baggage, como bicicletas, pranchas e instrumentos musicais! Eles conhecem o povo que tem! Na saída, fiz como o Igor, meu Nederlands leraar, orientou: sempre tem dois seguranças enormes na saída, mas não encara muito eles, fica na tua e tudo vai dar certo. Pronto! Nem precisei explicar a bomba e os 4 kg de erva que trazia na mala!
Schiphol e suas também inúmeras esteiras... |
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